Estátua Enterrada
No meio da lama, a face Encovada.
Dura, rígida, de pedra,
Órbitas vazias,
Face rachada.
Era a face de um santo,
Mas não sei qual santo era,
Tinha as palmas bem unidas,
E um semblante de fera.
Desenterrei, com as mãos,
O restante da estátua.
Meu sangue pingou no chão
Pela fé desenganada...
Santo, santo, se ao menos
Eu soubesse teu nome,
Quem sabe, falava contigo
Sobre a minha fome...