the-awakening.jpg




 


Estátua Enterrada



No meio da lama, a face Encovada.

Dura, rígida, de pedra,

Órbitas vazias,

Face rachada.

Era a face de um santo,

Mas não sei qual santo era,

Tinha as palmas bem unidas,

E um semblante de fera.



Desenterrei, com as mãos,

O restante da estátua.

Meu sangue pingou no chão

Pela fé desenganada...



Santo, santo, se ao menos

Eu soubesse teu nome,

Quem sabe, falava contigo

Sobre a minha fome...


Ana Bailune
Enviado por Ana Bailune em 18/06/2012
Reeditado em 06/11/2014
Código do texto: T3731174
Classificação de conteúdo: seguro