eu queria que não doesse tanto
Há alguns dias perdi uma grande amiga,
Nós não brigamos não nos desentendemos,
Que nada isso não doeria tanto.
A morte a levou.
Miserável, cruel, inimiga,
Como a odeio, queima como urtiga.
Separou-nos á prantos,
Não os dela claro, mas os meus, aos da família.
Sinto dor, sinto um nó na garganta.
Como dói, dói demais.
E tudo mim lembra ela.
Lembro até de plantas que ela cuidava,
Da alegria e emoção que demonstrava.
Sei que em breve vou vela, na ressurreição, sim Cristo diz que haverá
Isso mim dá paz e ajuda a consolar.
Sei que nesse dia especial
Abraçaremos-nos aos prantos
Prantos de alegria.
Só não queria que doesse tanto.
Graça Noronha