Balada do nada mais
No manso lago azul
da nossa felicidade,
você fez ondas de solidão
e remansos de saudade.
Tudo acabou, teve um fim,
mas eu ainda sorrio triste,
por saber que não mais existe
o seu amor, mas o meu persiste.
Sozinho, nessa imensa saudade,
minha alma chora e grita,
agoniada procura e agita,
procura pela ilusão infinita,
pela fantasia tão bonita
que em nossas vidas
um dia realmente existiu
e nosso viver então floriu.
Mas você se foi, não volta mais,
seu amor acabou, findou, morreu,
deixando-me como recordação
um gosto amargo no coração,
um gosto amargo de solidão.
E minha alma triste, ainda chora,
mas você se foi, não volta mais,
sei que tudo é real e nada mais.
Mas agora, tudo é passado,
e numa infinita e aguda saudade,
eu só me recordo da felicidade,
quando nosso amor era realidade.