Quem sou?
Sou um pensamento varío;
Uma vida atordoada;
Sou um livro antigo,
Cheio de poesias apaixonadas.
Sou um menino perdido,
Que o tempo teima ensinar
As coisas tristes da vida;
E o sonho de se apaixonar.
Sou o desejo de viver,
De poder sonhar eternamente;
Infortunado nas chances da vida;
Pobre moribundo demente.
Queria talvez por sacrilégio, sim
Livrar-me desta dor;
E numa desventura da vida,
Conhecer o verdadeiro amor.
Alucinado, proibido, arquejante!
Sou o canoeiro da escuridão;
Amor sem limites, sonhador
Como cavaleiro sem compaixão.