Escondo-me.
No profundo oceano
Onde os sonhos se afogam
Entre anêmonas e corais
Na opacicidade dos sonhos
Nessas águas do mais fundo de mim
Escondo-me do mundo!
Quisera eu esconder-me de mim
Da gravidade das horas
Quando a manhã já nasce entardecida
Nesses dias lilases...Sonhos fenecem.
E eu adormeço planos de futuro
Apago perspectivas nessa letargia da vida.
Esse meu oceano de águas estagnadas
Onde as correntes cessaram,anunciando um fim
Ouço daqui desse profundo abismo, o som de harpas mortas
De canções tortas tocadas por liras quebradas.
Ouço daqui o som do medo,sombras enredos de mim
Sinto a acidez das águas-muro que cerceiam minha liberdade.