Casa vazia
Casa vazia
É o silencio de tudo
As vozes todas caladas
Os objetos frios
Os cantos escuros
O riso quieto, o sobressalto
A sombra assombrada
O medo nos corredores
Os passos inseguros
As conversas distantes
O jantar sem tempero
O vazio imenso
O coração acelerado
Uma casa vazia se esvazia
Do humano calor
É prenuncio de dor
É a solidão fazendo seu ninho
É um solitário trôpego
Procurando em vão
Tateando na escuridão do silencio
As vozes que num breve tempo
Foram as suas carícias de amor.