ALMINHAS QUE CALAM
Elas insistem em sorrir
Ainda que guardem segredos
Daquele quarto sem luz
Daquele toque sem brincadeira
E daquele abraço sem carinho.
Elas insistem em brincar
Apesar dos pesadelos
Que causam medo
E o silencio da alma.
Elas insistem em esquecer
Por não entenderem o que é “aquilo”
Que é tão próximo dos corpos
E tão longe das almas pequenas.
Alminhas que vagam nos extremos
Gritando com os olhos
Por um socorro de “basta”!
Elas são... apenas crianças.