Sozinha
Mais um dia
Acordo sozinha nesta cama
Enorme é o espaço vazio
Que a preenche
Minha respiração
É o único barulho do ambiente
Sozinha paro o mundo
Seus pedaços estão lá fora
E eu flutuando entre o absurdo
Reviro-me entre as cobertas
Que frio acolhedor que me machuca
São os efeitos das minhas saudades
São os espinhos da minha lembrança
A parede manchada de tinta
Nem ela mais me irrita
Nem entristece
Este coração que não palpita
Arranho o travesseiro
Saudade machuca
Chorando entristeço
Até a morte absoluta.