CHORO

Estranho é esse canto que eu canto,

Que não tem nada de encanto;

Somente a lamuria de um pranto.

Estranho é esse canto que eu canto,

A agonia pálida de uma morte anunciada,

Convulsão epilética de uma estátua..

Estranho é esse canto que eu canto;

Nada existe na alegria dessa vida bandida,

Só restou uma melodia moribunda e atrevida.

Estranho é esse canto que eu canto,

Um gemido de uma dor chorada;

Um grito e uma revolta.

Estranho é esse canto que eu canto,

De um caminho sem sinais;

De um adeus até nunca mais.

Liu Bernardo
Enviado por Liu Bernardo em 03/06/2012
Código do texto: T3702902