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É quando m'encaro
Naquele espelho gigante
Da sala
Que a tristeza cala
O grito angustiante
Que fala
Sobre o arrependimento...
Porque quando tive chance
Naquele V que se me abriu
Segui cortando a reta
Entortando a seta
Na direção que me traiu.
E agora os V's d'outrora
São o tempo que devora
A juventude qu'então se vai...
E o peito que me controla
É o mesmo peito que, ora, decai...
Me bate o frio
Forte - no ventre
Como a mentira que ouvi de mim...
Me açoita a brisa
Suave e quente
Como a serpente tão vil... ruim...
E já não sei se faço versos
E já nem quero saber enfim...
Só penso e choro... e me disperso...
Nesse universo triste e sem fim...
Me arrependo, assim confesso
Foi tudo excesso o que cometi.
Me repreendo, não me interesso,
Mas deixo impresso o que senti...
Desilusão, tristeza e dor...
Incompreensão, angústia, horror...
É o que me trouxe e me mantém
É o que me coube e me convém...