ll. D'aQui a pOucO aCaBa a ViDa*... .ll

* inspirada em Fernando Pessoa: "De aqui a pouco acaba o dia"

___________________________

A alma murmura enegrecida

Pela cinzenta tarde que, ora, desce

Porque com ela segue e arrefece

Esta: a mais medíocre das vidas...

E se todas as tardias despedidas

Fossem meias palavras e sensatez

Seria a mais medíocre das vidas

A simbologia da lucidez...

Mas é co'esta história, assim pequena,

Que passa pelo mundo emudecida

A mais medíocre das vidas

Sob a mais severa e tortuosa pena...

É a minha estrada esburacada

E é a minha sina viver em cena...

Odiar a juíza que me condena

A esta saga amena, entediada...

Porém, o que trará na alva breve

Que a aurora triste já não leve?

E o que mudará na noite esperada

Que não outra hora de tristeza e neve?

Porque em meu peito bate cansado

Um relógio alado à carne atado.

Bate insanamente e enfadado...

... e quer soltar-se, encontrar respostas...

ll PaRaBoLiKa ll
Enviado por ll PaRaBoLiKa ll em 31/05/2012
Código do texto: T3698735
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.