Escuridão de minha alma

Vejo-me só novamente no escuro de minha alma conversando com minha solidão.

Sinto a dor do mundo em meus ossos e o amargo do fel em minha veia.

Sinto ainda a tristeza essa sim me-compreende. Sinto o vento gelado bater em meu rosto aumentando minha dor, vê a noite negra tão negra como minha alma, fecho meus olhos e mergulho nessa escuridão, me entrego a essa dor deixo me levar não resisto mais a isso, não posso mais lutar.

A chuva começa fria como o vento, não consigo nem ao menos gritar tão pouco respirar, me sinto fraca, cansada demais. Queria apenas adormecer, deitar, me esconder, num lugar onde não poderiam me achar. Será que poderia correr, parar de sentir essa dor que me consome que me matam lentamente?

Minhas lágrimas já não saem, minha dor me sufoca me domina a tristeza me toma possuindo minha alma. Já não sou mais nada estou perdida ferida caindo num abismo sem fim num mundo sem volta, você despedaçou minha alma me atirando num mundo de sombras.

Quando penso que já estou morta à ferida começa a sangrar, aumentando assim minha dor.

A noite não tem fim fazendo o amanhecer nunca chegar, nem mesmo a lua consigo ver a brilhar.

Nenhuma estrela no céu a me guiar, somente o frio a me tocar. Não consigo compreender como pude aqui chegar, não consigo encontrar uma solução para minha dor poder acabar.

Sendo assim devo apenas aceitar meu destino cruel e não reclamar. As palavras já me faltam me fazendo vacilar. Ficarei com a noite que assim faz desejar...