Poço sem fim
Como vencer essa dor que se sabe dor?
Ela não quer se extinguir por si só
Que terapia ou auto-hipnose fazer?
Se ela me ataca numa manhã nublada
E justo numa segunda-feira, o dia mais solitário.
Tomar calmantes, colocar algodões no ouvido,
Rolar de um lado pro outro da cama
Já não servem para conseguir algum sono
Enquanto isso, vejo o tempo passar,
O estômago roncar
Mas vontade de existir, não existe.
E sei da minha limitação de escrever
Não posso expressar esse anseio
Pois sei que há alguém a me julgar
E se um dia eu desistir
Dessa batalha interminável
De meu eu contra mim
Sinto que cairia num poço sem fim.