SOU VENTO...

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Venho do vento.
Não nasci escravo.
Tornei-me vento
para enxugar suores,
para dissipar o pó
que invade as retinas.
Tornei-me vento
para multiplicar as cores
e complementar a gestação
das colheitas.
Sou vento para as velas
dos barcos.


pandorga.jpg


Sou vento para as pandorgas
nas praias e na serra.
Perdi minhas forças,
não pela poluição das cidades,
mas pelos hálitos concebidos,
pelas armadilhas
urdidas nas solidões de noites.


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Sou um vento...
grevilha
Enviado por grevilha em 22/05/2012
Reeditado em 22/05/2012
Código do texto: T3681955
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