Prisão

Ambos declamam o poema e

com eles a alma chora

pelos corredores afora,

é de dar dó...

vê-los como animais

maltradados, quase acabados.

O primeiro, livre de grades e

aprisionado à sequidão e

quase chegando a inanição.

O outro preso pela opressão e

um desejo que o domina e o

conduz a escravidão.

Os dois declamam o

mesmo poema quase sem solução

e a multidão nem olha pra eles.

Rogério Alves de Carvalho
Enviado por Rogério Alves de Carvalho em 03/02/2007
Código do texto: T367915
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