Sentado à beira do inverno

Me observo no espelho da vida,

sentimentos e faces escondidas.

Expressões que se vão e vêm,

de maneira tão enfraquecida e

desprendida em imensidão e solidão.

Ainda jaz plenas esperanças

de grandes amores chegarem.

Mas a cada amanhecer,

as folhas se vão sorrateiramente.

Anunciando o frio maldoso.

Calafrios intensos e debater de dentes,

umas das obras mais perfeitas assinada pelo vento,

que traz remorsos ou sorrisos instantâneos.

Inconvenientes a qualquer outrora,

em que carrego esperanças e compaixões.