Naquela noite perdi você...

Sinto-me triste e inconsolável...

Farei comigo aquilo que fiz com você..

Meus pulsos são minhas maiores vítimas...

Faca de dois gumes na mão...

Neste cemitério frio,

O que resta é solidão...

Você se foi.

Do mundo foi arrancado...

Não sei quem sou...

Meu “EU” se perde cada vez mais...

Não sei quem era...

Muito menos do que sou capaz...

Noites vazias,

Não tenho ninguém...

Estou dispersa,abandonada,transtornada.

aquela noite foi minha perdição.

Porque matei você?

Atirei em seu coração...

Aqui e agora,

Debruçada em seu túmulo.

Para onde vou?

O que será de mim?

Esta pobre imortal...

Só quer um fim...

Diante da neblina olho pro céu,

Nenhuma estrela...

Olho para os lados,nenhum ser vivo,

Que ironia,não???

Apenas túmulos desolados.

E meio à escuridão...

Chega de cicatrizes e de choro...

Nunca vou apagar da memória o que fiz...

Minh'alma vaga pela noite...

Universo à fora...

E com o eco do meu fracasso em mente...

Sinto se aproximar a minha hora...

Luana de Castilho
Enviado por Luana de Castilho em 17/05/2012
Código do texto: T3672447