Rosas vermelhas
E eu sinto agora
os vermes da terra
roerem-me os ossos
depois de terem comido
a minha carne podre,
transformando-me apenas
em massa informe
de sangue, carne e lembranças.
Logo mais,
nada serei para o mundo,
os vermes da terra serão eu
e eu não serei nada mais
que um nome,
nada mais que uma lembrança
no pensamento de quem me amou,
no rancor de quem me odiou.
E na minha laje fria e cinzenta
restará apenas meu nome
e algumas rosas vermelhas,
a última lembrança
que espero de você.