Leito de dor

Deitada no leito

Gemia a pobre mulher.

Era dor e tristeza.

Era a dor de um câncer.

Fazendo o que pode alguém que podia.

O corpo jazia no leito de dor.

Não bastava a morfina.

Agora a senhora que outrora menina,

Chorava a angustia da vida que passou.

Tentou loucamente, mas nada lembrou.

Ainda sobravam umas horas

De puro sofrimento e de restas lembranças, de puro lamento.

As lágrimas secaram e a garganta doía.

Não tinha mais forças parou de gritar.

Agora por sorte ainda gemia...Um silêncio pairava...

De olhos abertos a luz já sumia.Fecharam-se os olhos.

E seu coração tão levinho batia...

Deitada em seu leito a mulher descansou.

A maldita doença sem piedade a levou.

Apenas silêncio...

E no peito o alento, a paz e ternura.

Acabaram-se as agruras.

Deus a levou!