O Aquário do Mundo
Em que momento, perdemos a propriedade de dizer.
Um sorriso apagado, um silencio inquieto, deixar de aparecer
Quando o olhar, pareceu tão calado e sem significado?
Quando deixamos de dizer, só por já ter dito
Na suprema insistência de já saber, o que nunca é omitido
E de todos aflora do excesso só o resto, que sobra do sobejo,
Quando andamos tão depressa, sem tanto desejo
Quando é, é que estamos, cansados dos festejos
Em que momentos, o passado ficou tão afluente
Um peixe e um aquário que, de tanto lembrar, não lhe sai nada na mente
Quando lembra esquece que lembrou, e quando esquece, lembra que esqueceu]
Quando morre, vê que não viveu, e enquanto vive, ele já esqueceu...