O Aquário do Mundo

Em que momento, perdemos a propriedade de dizer.

Um sorriso apagado, um silencio inquieto, deixar de aparecer

Quando o olhar, pareceu tão calado e sem significado?

Quando deixamos de dizer, só por já ter dito

Na suprema insistência de já saber, o que nunca é omitido

E de todos aflora do excesso só o resto, que sobra do sobejo,

Quando andamos tão depressa, sem tanto desejo

Quando é, é que estamos, cansados dos festejos

Em que momentos, o passado ficou tão afluente

Um peixe e um aquário que, de tanto lembrar, não lhe sai nada na mente

Quando lembra esquece que lembrou, e quando esquece, lembra que esqueceu]

Quando morre, vê que não viveu, e enquanto vive, ele já esqueceu...

Elias Vilas
Enviado por Elias Vilas em 15/05/2012
Código do texto: T3669366
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