A dor da rosa
O poeta visita o coração da rosa.
Ela, despetalada, só o talinho,
Ventricílios caídos...
As pétalas desabadas em lágrimas
Até os espihos;
Parco é o verde e a dor é intensa...
O que pode fazer uma flor quando
Desalmada, pisada, desamada?
Essa, tinha a alma secreta
para guardar com carinho
Os olhares fraternos,
Os quereres por amor,
Beijos, mães e namorados;
E agora...A rosa desfolhada
Já não rosa mais;
Tudo o que era rosado ficou pra trás.
O que será da vida sem
Os seus melhores momentos?
O poeta apavora, vem à tona,
Emerge do fundo dessa alma desdita e grita:
-São homens ou animais!