Sigo só...
Deixo secar uma lágrima que rola
E ela vai craquelando o rosto num caminho
Sinuoso e salgado
Quero esquecer o que nem chegou a ser...
Quero simplesmente apagar as sombras
Que se depositam feito fantasmas em meu ser
Algumas começam a derreter, se diluindo
E se misturando ao manancial de lágrimas
E há um amargor que se faz rolar rosto abaixo
Junto com as teimosas lágrimas...
Hoje a solidão resolveu doer mais
A tristeza se juntou pra me dizer:
"_Vai ser só na vida, moura torta!
Vai ser apenas uma desiludida
Que se esquiva da própria terrível sorte...
Brincar de ser mulher amada,
Desprendendo pelas vias de sua errata estrada,
Pedacinhos de um coração que desfalece...
Quem sabe assim, um dia, caindo ao chão
O último farelo de seu coração partido
Você entenda que o amor é mera ilusão?"
Hoje eu quero a rosa ressequida,
Esquecida na janela da lembrança
Aquela, que colhida no jardim da paixão
Com o tempo murchou, morreu...
Quero moer suas pétalas em minhas mãos
E lançar o pó no vento do esquecimento
Quero apertar o cabo espinhoso dessa rosa
Em minhas mãos para que
Ante os espinhos, sangrem
E jorre o sangue quente que circula em meu corpo
Quero sangrar ...
até que não haja mais calor algum em mim
E não haja mais possibilidades de meu corpo,
Minha alma entrar em combustão...
Hoje, desejo simplesmente não desejar mais...
Não sentir necessidade de afeto ou carinho...
Preciso me bastar e ser feliz comigo mesma
Mas não sei ainda por que caminho sigo
Para realizar esse encontro...
Por enquanto, as lágrimas rolam
Esvaziando minha alma da auto piedade...
Molhando meu interior.
Sacudo a poeira da comiseração, ajeito-me,
E sigo só...
Deixando um rastro úmido de lágrimas no chão...
Sangro solidão...
Irene Cristina os Santos Costa - Nina Costa, 14/05/2012
Deixo secar uma lágrima que rola
E ela vai craquelando o rosto num caminho
Sinuoso e salgado
Quero esquecer o que nem chegou a ser...
Quero simplesmente apagar as sombras
Que se depositam feito fantasmas em meu ser
Algumas começam a derreter, se diluindo
E se misturando ao manancial de lágrimas
E há um amargor que se faz rolar rosto abaixo
Junto com as teimosas lágrimas...
Hoje a solidão resolveu doer mais
A tristeza se juntou pra me dizer:
"_Vai ser só na vida, moura torta!
Vai ser apenas uma desiludida
Que se esquiva da própria terrível sorte...
Brincar de ser mulher amada,
Desprendendo pelas vias de sua errata estrada,
Pedacinhos de um coração que desfalece...
Quem sabe assim, um dia, caindo ao chão
O último farelo de seu coração partido
Você entenda que o amor é mera ilusão?"
Hoje eu quero a rosa ressequida,
Esquecida na janela da lembrança
Aquela, que colhida no jardim da paixão
Com o tempo murchou, morreu...
Quero moer suas pétalas em minhas mãos
E lançar o pó no vento do esquecimento
Quero apertar o cabo espinhoso dessa rosa
Em minhas mãos para que
Ante os espinhos, sangrem
E jorre o sangue quente que circula em meu corpo
Quero sangrar ...
até que não haja mais calor algum em mim
E não haja mais possibilidades de meu corpo,
Minha alma entrar em combustão...
Hoje, desejo simplesmente não desejar mais...
Não sentir necessidade de afeto ou carinho...
Preciso me bastar e ser feliz comigo mesma
Mas não sei ainda por que caminho sigo
Para realizar esse encontro...
Por enquanto, as lágrimas rolam
Esvaziando minha alma da auto piedade...
Molhando meu interior.
Sacudo a poeira da comiseração, ajeito-me,
E sigo só...
Deixando um rastro úmido de lágrimas no chão...
Sangro solidão...
Irene Cristina os Santos Costa - Nina Costa, 14/05/2012