Graúna

M
inha alma hoje é graúna,
veste luto, tem olhos vazados sem horizonte
Morre na gaiola desses medos
Canção triste que atravessa
as sombras da noite sem repouso,
sem olhos que chorem

Minhas penas, ah! Minhas penas
são tristes demais,
eu migalho algum sonho,
algum canto novo
_Por que calam minha voz?

Minha alma na negridão dos meus ais
Canta a dor imensa e implacável
dessa minha liberdade perdida
enquanto a melodia da vida que me sorria
se abemola na desgraça
de ter asas e não poder voar jamais...

Cristhina Rangel.
Cristhina Rangel
Enviado por Cristhina Rangel em 13/05/2012
Reeditado em 03/09/2016
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