À eternidade

I.

Uma eternidade de vazio

que não deixa o pensamento

saber o que é direito.

Viver no eterno frio,

da ausência do amor,

carregar ilusão no peito,

só saber o que é a dor.

Uma eternidade de infinito,

vazio, escuro e sem luz,

sem um raio de sol na vida,

caminhando rumo ao nada,

caminhando por uma estrada

que à eternidade conduz,

com os olhos fechados e sem vida

e a mãos cruzadas sobre o peito

em feitio de uma oração.

II.

Caminhar sem sentir os passos,

em busca desesperada,

de um amor impossível,

perder-se entre os espaços

e descobrir amargurado

que se é apenas mortal.

III.

Confiar na ânsia incontida

da eterna felicidade,

fechar os olhos à razão

seguir sempre o coração.

Uma saudade, a partida,

olhos fechados, o fim da vida.

Morrer sozinho, partir

sem volta para a eternidade,

morrer numa noite triste

partir sem deixar saudade.

LuizMorais
Enviado por LuizMorais em 11/05/2012
Código do texto: T3661484
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