MENTECAPTA(MENTE)
Sob esse plúmbeo céu de incertezas
Palmilho o escuro de teu indefinido ser
Trilho o sacrilégio de incógnita razão
Na certeza de não saber-te em plenitude
Culpo-te meu insignificante pensamento
Irrisório e anaforicamente pária e pálido
Não há meios de transgredi-lo em mim
Posto que subjaza em meio à modernidade
Sem a mínima eloqüência de argumentos
Destoa deste anfiteatro de inquietações
Parvito ante tua própria inconsciência
Na inconsistência do que não é palpável
Perde-me na imensidão de meu próprio nada
Nas nano partículas desse “eu” mentecapto
A insensatez impregnada em meu ser
Na louca tentativa de tentar entender-te
Pela intersecção desses universos paralelos
Essa minha incapacidade é-me cruciante
Então me afogo em gotas de sonhos
Acordando em oceanos de pesadelos
Permanece inanimado o saber-te de fato
Na torpe ciranda de contemplar-me
E assim descortinar o quão idiota será
Por não entender tuas grandiosidades
Ou a superabundância de tua afabilidade
Desse teu ser denso completo e complexo
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