MENTECAPTA(MENTE)

Sob esse plúmbeo céu de incertezas

Palmilho o escuro de teu indefinido ser

Trilho o sacrilégio de incógnita razão

Na certeza de não saber-te em plenitude

Culpo-te meu insignificante pensamento

Irrisório e anaforicamente pária e pálido

Não há meios de transgredi-lo em mim

Posto que subjaza em meio à modernidade

Sem a mínima eloqüência de argumentos

Destoa deste anfiteatro de inquietações

Parvito ante tua própria inconsciência

Na inconsistência do que não é palpável

Perde-me na imensidão de meu próprio nada

Nas nano partículas desse “eu” mentecapto

A insensatez impregnada em meu ser

Na louca tentativa de tentar entender-te

Pela intersecção desses universos paralelos

Essa minha incapacidade é-me cruciante

Então me afogo em gotas de sonhos

Acordando em oceanos de pesadelos

Permanece inanimado o saber-te de fato

Na torpe ciranda de contemplar-me

E assim descortinar o quão idiota será

Por não entender tuas grandiosidades

Ou a superabundância de tua afabilidade

Desse teu ser denso completo e complexo

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Leilson Leão
Enviado por Leilson Leão em 09/05/2012
Código do texto: T3659057
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