Incorpórea

Céu cor de leite

Dor de cabeça e falatório

O trânsito lá fora não descansa

Luzes acesas

Tudo escuro intracabeça

Tudo limpo dentro dos olhos

tudo errado dentro do peito

Pés sujos de subir escada

Eu só não sei porque continuo caindo

E não entendo por que insisto em andar

Em correr insisto

Cisto nos sonhos

Desisto de morrer

Abro os olhos e sofro.

O trânsito lá fora virou fumaça

e misturou-se no céu do mês de maio

Me fez pensar na vida e no que você significa

Velo teu sonho em corpo

Apago a luz das estrelas e fujo

Meto medo nos demônios e canto

Mas você também de fumaça

Não sinto mais dor e dou boas vindas à desgraça

...

Nunca me senti tão sozinha.

Isabella Narcizo
Enviado por Isabella Narcizo em 05/05/2012
Código do texto: T3651934
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