Incorpórea
Céu cor de leite
Dor de cabeça e falatório
O trânsito lá fora não descansa
Luzes acesas
Tudo escuro intracabeça
Tudo limpo dentro dos olhos
tudo errado dentro do peito
Pés sujos de subir escada
Eu só não sei porque continuo caindo
E não entendo por que insisto em andar
Em correr insisto
Cisto nos sonhos
Desisto de morrer
Abro os olhos e sofro.
O trânsito lá fora virou fumaça
e misturou-se no céu do mês de maio
Me fez pensar na vida e no que você significa
Velo teu sonho em corpo
Apago a luz das estrelas e fujo
Meto medo nos demônios e canto
Mas você também de fumaça
Não sinto mais dor e dou boas vindas à desgraça
...
Nunca me senti tão sozinha.