Abrigo
Ouço meus passos
que descem à morte.
Desviei meus braços
pus-me a caminho,
em nada pensei,
estou sozinho,
estendi as mãos.
Quando percebi,
já era tarde,
não reagi,
para parar ou voltar,
tudo como outrora.
Agora, sozinho,
no caminho,
ouço os passos,
dependo dos braços,
da solidariedade do amigo,
de todos que me levam
ao meu último abrigo.