Roubo
Fiz tudo pra você gostar
Fui mulher vulgar,
fui vã e
fui vil.
De ti, nada a minha alma possui
e essa se tornou a minha maior arte,
fazer de tudo para encantar-te, me fazendo de tudo o que fui.
Só me resta me aceitar a mim própria.
Sim, com todos os pronomes oblíquos que eu puder colocar
pra ver se volta a individualidade que me roubaste.
Sim, me perdi.
Não me encontro mais em tantos rostos que fiz
e em todos os poemas que foram dispersos por aí.
Eu fui tudo e mais um pouco, saí, e continuo aqui.