Sina

Conta carneirinhos

Canta a ti ninar

Conta os teus cachinhos

Enlaça-os no anelar

Cadeirinha de balanço

O vento vem soprar

Levar para bem longe

Saudades do além-mar.

Enlaça-te... Abraça-te...

No colo seu imaginário e frio

Brotam dos olhos águas do rio

Rio de nós... Ria!

Brota das mamas leite vida tua!

Do ventre amoroso de outrora...

Resta agora apenas o vazio!

Conjulga o verbo amar

Em todos os tempos hajam!

E roga trégua à esta dor!

O Poeta se expõe! Se expõe - Expõe!

O amor que grita e os cachos de sonhos!

Enlaça-os no anelar e conta carneirinhos

E faz que vai dançar... A chorar e a gritar!

E faz uma prece e não sabe a quem!

E faz uma jura que não vai cumprir!

E a dor é companheira e o desdém?

É sina que nunca se cumpre.

O Poeta se expõe...

Esta sim... Se cumpre.

Karla Mello

02 de Maio de 2012

Karla Mello
Enviado por Karla Mello em 02/05/2012
Reeditado em 04/05/2012
Código do texto: T3644934
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.