Perdão
Ai, quem dera, minhas lágrimas pudessem dizer-te
O quê nunca fui capaz.
Aquilo que hoje me força a não tê-lo
E que em minh'alma jaz.
Quem dera fôsse possível
compelir-lhe a acreditar no meu amor.
Que foi, antes mesmo de existir um tempo
E existiu dentro do tempo que em mim habitou
Fostes o marco zero em minha vida
Onde tive início, meio e fim
Hoje sou mãos vazias, rosto molhado por lágrimas
E mesmo assim, ainda habitas, vivo, dentro de mim.
A me consumir e arrasar
A acabrunhar esse pobre coração.
Que no peito já não se cabe de tanto ansear
Com gritos de desespero e dor que me dês seu perdão.