Sempre que uma criança
Senta à beira -mar
Sem perceber ela constrói
Um castelo de areia
E sem evitar
o vento sopra
A onda vem
Joga a água
E apavorada
Vê seu castelo
Molhando
Caindo
Desmoronando
E vai -se derretendo
Seu lindo castelo
Feito de areia.
A criança não entende
Que castelos de areia
Feitos na beira do mar
Só existem
Enquanto
O  mar
Não joga suas águas
E vai-se embora
Como poeira
Desfeita no ar
Como farinha
cessada na peneira
Dissolve o castelo da criança
Todo feito de areia
Do mar.
Gotas de choro
Descem dos seus olhos
Ela tenta de novo
Refaz
Outro castelo
feito de areia
mas as lágrimas caem
Como folhas que descem
Nas límpidas águas
Da barulhenta
cachoeira.
margarethrafael
Enviado por margarethrafael em 27/04/2012
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