Choro angustiante.
Toda a vez que vejo
uma criança ou adulto
mendigar o pão nosso de cada dia,
minh'alma chora, ela se angustia.
Toda vez que vejo,
corrupção na política,
minh'alma se revolta,
se desespera ,
se indigna, se atrofia.
Toda vez que vejo e,
sinto um descaso pelo idoso,
pelo órfão, pelo negro, pelo mestre,
minh'alma se rebelia.
Toda vez que vejo,
o desperdício de mantimentos ou de recursos,
face a tanta mazela social,
minh'alma se admira.
Toda a vez que vejo,
toda a vez que sinto,
toda a vez que percebo,
toda a vez que contemplo,
Nada, mas nada muda!
E por qual motivo?
Será que por vejo demais,
ou se sinto?
Não sei meu Deus!
Assim como chove lá fora,
em mim chovem angústias e tristezas,
muros e abismos me rodeiam,
ceifando as esperanças, roubando minhas certezas.