"assim morre um grande amor"

Viajei pelas estradas... conheci lugares, pessoas e sonhos...

Tudo observei com atenção; com admiração... essa era a intenção.

Nada escapava das minhas anotações... e o fazia com prazer...

Muito chamou-me a atenção; mas um em especial encabulou-me!

São fragmentos da história de um grande amor...

Que o destino; conspirou contrariamente à sua existência e o levou...

Uma donzela linda, princesa na sua essência de contos de fada...

Cabelos louros, cacheados, olhos azuis brilhantes e apaixonados...

O amor era seu alimento, sua alegria, sua religião...

Vestia-se de eterna paixão pelo amado; comovido por tanta veneração.

Quando encontravam-se, os olhos faiscavam luzes ardentes da paixão;

Seu corpo jovem, implorava desesperadamente pelos seus carinhos...

Selavam a cada dia esse amor comovente e invejado por todos...

N´uma manhã de primavera; quando seus pensamentos a levava ao seu amor;

Seu pai a entregava a um homem, pagando uma dívida maldita!

Desesperada; tenta ainda buscar seu amor, que em vão... parte!

Sem saber por onde começar; o rapaz parte sem rumo certo à sua procura;

Passou montanhas... vales e lugares; mas nada encontrou!

Desiludido e sem saber por onde mais vasculhar; resigna-se...

Um dia; contaram-lhe uma história de uma moça que vivia triste e chorosa...

Ele parte imediatamente à sua procura; pois seu coração ascendera;

Depois de alguns dias; chega ao lugar indicado...

A felicidade o fazia gritar, socar o vento; uma explosão de alegria...

No caminho; encontra-se com pessoas que o falam da tragédia acontecida:

Naquela casinha branca na barra da estrada;

Morava um homem que possuía uma linda e jovem mulher...

Segundo o que se sabe; foi entregue a ele para pagar uma dívida!

A moça sempre amou outro homem que ela nunca o esqueceu....

A vida para ela, perdera o gosto; não tinha mais vontade de viver...

Ficava sempre assentada naquela pedra grande esperando seu amor e herói...

... depois de muito tempo a esperar; seu corpo já fraco, se entrega...

Hoje; foi o seu sepultamento!

O rapaz enlouquecido e de joelhos, grita sua dor sufocante...

Vai até a pedra, que tantas vezes fora testemunha do choro da amada;

Com o coração sangrando; toca-a como se estivesse à acariciando;

Chora compulsivamente a perda do seu amor eterno e dorme profundamente...

E nunca mais viveu um grande amor...