Sem saber onde é o céu
Nesta solidão,
nesta eterna escuridão,
invento paisagens,
faço delas miragens.
Trago os olhos fechados,
e as mãos ainda cruzadas,
sobre o peito descarnado.
Tenho o frio na alma,
e o corpo repousa,
numa laje fria,
que esconde as estrelas.
Tenho frio no corpo,
e a alma repousa,
num corpo morto,
sem saber onde é o céu.