O SOCORRO NO OLHAR

Lembro que, era só uma criança

Que se alegrou diante do brinquedo,

Num sorriso infantil de anjo.

Uma criança que estendeu a mão

Quando viu a outra mão se estender.

E foi levada, sem oferecer resistência

Numa confiança cega, que simplesmente vai.

Ao ser encontrada,

Falou sobre a dor

Que não entendia.

Mas não acusou...

E diante das muitas perguntas

Silenciou.

E todos choraram

Urraram, clamaram

Mas seguiram adiante...

Sem pensar que, existem outras crianças,

Que gritam com o olhar...

Um socorro de esperança,

Para um coração que ouça

Além do que se quer ver.