Meu mundo sem você
 
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O dia vai, lentamente baixando as cortinas
para que a noite majestosa, suntuosa e misteriosa ocupe todo o espaço.
 
Um imenso manto escuro, da cor da tristeza, sombrio, espalha seu véu sobre a terra.
A noite não tem luar. Falta energia. Somente as estrelas não dão conta de iluminar todos os recantos. 
 
Escurece cada vez mais com o avanço desenfreado 
impiedoso do anoitecer.
O medo é inevitável nessas horas.

Medo do que está por perto...
do que possa acontecer...
do futuro incerto...
Medo de não ter 
o que se pensa ter.
 
Dúvidas cruéis se instalam e ficam a preencher o vazio
que sobrou de um dia cansativo, improdutivo, ingrato...

Fecho as portas e janelas. 
Conferir todas as trancas, é essencial.
Sozinha, me acomodo no meu quarto...
Desligo o ar porque sinto frio.
Não é "normal" um sintoma como esse 
depois de um dia de sol abrasador.
 
As portas e janelas da alma e do coração, 
ficarão abertas, permanentemente...
Há alguém  que poderá passar. 
Há alguém que poderá chegar e quem sabe, 
ficar ou apenas não chegará nem tão pouco... passará.

A noite longa, interminável, não consegue trazer-me 
nenhuma das respostas.

Isis Dumont
Aparecida Ramos
Enviado por Aparecida Ramos em 19/04/2012
Reeditado em 19/04/2012
Código do texto: T3622483
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