"nem pão... nem migalhas"

um pouco de calma

numa pausa para olhar

e é fácil perceber o desperdício das forças

se frágil me vês

capaz de me amar

à luz de velas

num canto qualquer

da tela

coisas possíveis intactas

busco mais a mim que a você

não sei mais fazer escolhas

só deixo a vida ir...

me arranca o suspiro

o mesmo ar que respiro

invasão dos sentidos

poros abertos que não cicatrizam

abrir caminhos que não me levam - eis o que faço!

a vida segue! e eu páro para observar ausências de mim...

Há uma urgência que traz o meu peito...

Já não sei se a deixo falar

Se abro as janelas

A brisa me leva

Sou nuvem cinza

nublando o mundo

chovendo no mar

(18-04-2012/14:46)

Rose Rocha
Enviado por Rose Rocha em 19/04/2012
Código do texto: T3621673
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