sobre dor

quando o ar invade meus poros e narinas penso que me mantém viva

às vezes sinto como se essa invasão me roubasse de mim...

os sentimentos agora estão atrevidamente desordenados

não que eu conseguisse organizá-los em mim

me dão a impressão que sabem exatamente o ponto certo ou a ponta do nó a puxar...

me descubro(fratura exposta) em vão me esconder, mas, fingir que o sentimento não existe o destaca ainda mais

parece que todos os poros transpiram-no para dentro e para fora de mim

como, na fragilidade particular que a dor se veste, garantir sustento às palavras de bem querer, de força, de esperança; ao olhar, que aflito, ao coração, encharcado; como dizer calma c'alma suspensa e pesada na agonia que de súbito dá-me rasteiras...?

(12-04-2012/11:59)

Rose Rocha
Enviado por Rose Rocha em 19/04/2012
Código do texto: T3621668
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