OS DIAS PASSAM E A DOR CONTINUA
Estou vivendo uma rotina que não desejo a ninguém.
Nada me faz feliz, nada convém.
O dia amanhece, o sol começa a brilhar
Mais em meu coração uma nuvem escura não me permite contemplar.
O dia passa lentamente
E nada muda em minha mente.
A tarde finda o sol se põe
Chega a noite trazendo a escuridão
E a dor permanece em meu coração.
O trajeto até minha casa parece não ter fim
Preciso cuidar de mim.
Em casa, sinto que meu corpo pede socorro
Minha alma em sofrimento pede acalento.
Me arrasto até o chuveiro
E deixo a água banhar meu corpo inerte,
Como se assim fosse possível retirar toda dor que vem da alma
E conseguisse me trazer de volta a calma.
Mais nem o banho consegue me animar
E vou para a cama tentar relaxar.
Agora o travesseiro é meu confidente
Me ouve sem reclamar e sei que nele posso confiar.
Não preciso me conter e deixo as lágrimas escorrer
Encharcando meu travesseiro que é meu companheiro
E que delicadamente enxuga minhas lágrimas a noite inteira.