TEMPESTADE NA ALMA
Nuvens densas sobre o monte da memória.
Já passaram de leve brisa, a muito do tempo presente.
Ou essa chuva vai permanecer fria e ditosa...
Ou amanhã nascerá o sol mais quente.
Esse cheiro de úmido vai me deixando louca aos poucos.
Essas cores gris que trazem a desesperança de sempre.
Se canta o pássaro em minha janela, já nem o ouço...
Só ouço esses pingos d’água a gotejar na minha mente.
Mas que clarão é esse nas folhas verdes que estou a olhar?
Estranho... Do nada surgiu e se foi como a alva.
Ou é coisa da minha imaginação já querendo sonhar...
Ou é Deus dizendo: “Calma, estou na tempestade da tua alma!”