TEMPESTADE NA ALMA

Nuvens densas sobre o monte da memória.

Já passaram de leve brisa, a muito do tempo presente.

Ou essa chuva vai permanecer fria e ditosa...

Ou amanhã nascerá o sol mais quente.

Esse cheiro de úmido vai me deixando louca aos poucos.

Essas cores gris que trazem a desesperança de sempre.

Se canta o pássaro em minha janela, já nem o ouço...

Só ouço esses pingos d’água a gotejar na minha mente.

Mas que clarão é esse nas folhas verdes que estou a olhar?

Estranho... Do nada surgiu e se foi como a alva.

Ou é coisa da minha imaginação já querendo sonhar...

Ou é Deus dizendo: “Calma, estou na tempestade da tua alma!”

Anne Jansen
Enviado por Anne Jansen em 18/04/2012
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