Pranto

Os meus sonhos se esgotaram

Meus sorrisos se ofenderam

E no frio do meu quarto

Eu só choro, enfim.

Minhas pernas tropeçaram

Meus incêndios se perderam

Na angústia do meu peito

Que só chora, por fim.

Tenho nós entrelaçados

Sufocando os meus segredos

E na ânsia dos meus medos

Eu só choro, afim.

Multiplico os meus pedaços

Encharcando o travesseiro

No berreiro da minha alma

Que só chora, sem fim.