NOITE DE PARTOS

É! Passou...

Foi-se a noite.

Tão fria... Tão escura...

Tão estúpida

com seus açoites.

Mas, e agora?

O clarão crescendo.

Por que a demora?

Como um parto,

vem nascendo...

Vem o dia

nascido dolorido.

De partidas que nascem,

de “partos” nascidos.

Vidas que se abrem...

Agora, dia chegado.

Viva?

Sem sol, sem solo.

Dia que vadia...

Tão mórbido.

Ó, que dor!

No espelho um reflexo.

Será provisório?

Um céu vermelho?

Não! Só são meus olhos.

Anne Jansen
Enviado por Anne Jansen em 13/04/2012
Reeditado em 26/04/2012
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