Sombras.
O corpo esmaecido envolto em luto
A alma descansada na tristeza
A marca de um sofrer absoluto
Perdida no vazio, sem destreza
A face se pintou de palidez
Os olhos que ardiam, se fecharam,
Os lábios se entregaram a mudez
Na falta de outros lábios que beijaram
Assim sigo o caminho que me resta
A tropeçar nas minhas amarguras
Na solidão que a vida me empresta
Sou pajem da armadilha das agruras.