Não durmo mais,
Fecho os olhos e esqueço.
Há tanta vida pela frente, lá atrás
E também durante que não mereço,
No antes e no depois, no lá fora,
Há tanta vida que eu me perco.

Só sei assim, andar errante.
Foram os meus olhos atônitos
Que desfizeram o horizonte,
Lá onde o sol não mais se põe
E de onde lua nenhuma se levanta.
E nem mais me espanta haver tanta vida
Só no lá fora de mim...

No tempo e no espaço
Tudo se faz tão distante.
E nem mais me entristeço
Eu somente não penso, esqueço
Disso tudo tão ausente de mim...
Marcos Lizardo
Enviado por Marcos Lizardo em 04/04/2012
Reeditado em 11/05/2021
Código do texto: T3593757
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