Lágrimas Minhas

Entre um botequim e outro,

Deixe-me sorver em versos

Tomando do vinho que na taça ficou,

Ouvindo do caminhar das nuvens

Meu pranto em recitantes harmônicas!

No castiçal,

A vela insinua a palavra latente,

O verbo na insistência de ser conjugado

Do lado esquerdo do peito, a janela que se abre,

Reservando ao olhar o frenesi das cortinas!

Dos acordes em dissonância,

O amor sempre respondeu em devaneios

Raros como o sorriso da flor lótus violeta

Embriagado no lirismo das nascentes

Que criou em cada hangar um porto de luz!

O som da escuridão,

Adentra pelo vazio das minhas folhas

Doando-me da imensidão versículos,

Estrofes, que afagam a alma, o espirito,

Linhas do Tecelão dos tempos!

Auber Fioravante Júnior

03/04/2012

Porto Alegre - RS