PRECONCEITO
Delicado é o sonho da poeta
Que aspira das quiméras o olôr
Que despeza a humanidade infecta.
Embevecido, num clarão de amor
Simples na beleza eterna
Contemplando da vida a estesia
Numa emanação bem terna
Oriunda talvez da simpatia
E os preconceitos que o escravisam
Fazem-na sofrer, pobre desgraçada,
Sua quiméras já não suavisam,
E ela sofre a dor já irmananda,
Mas todo bem que fez em sua vida
Retorna punhal no âmago da ferida...