Casa do Espírito
Cansado desse peso invisível
Desse vazio insensível
Do gelo mordaz
Da fome voraz, desse apetite
Apetite insano, inumano
E doentio
Meu mundo maquinado
Imaginado, idealizado
Despenca aos pedaços
Torna-se ruina
Aos tropeços nos escombros
Me encontro nas esquinas
Dividido, destruído
Fatigado e sozinho
Tudo em um piscar de olhos
E um pulsar do coração