Eleonora está só

       O seu olhar se distancia cada vez  mais da realidade em que vive
       Os lábios menos carnudos
       Não falam mais de amor, nem sorriem para a vida
       A s mãos trêmulas escorregam pelos cabelos ralos sem gestos de vaidade
       Esqueceu o que é ser coquete

                Eleonora está só...

       Os traços fisiônômicos transformaram-se com a dor da solidão
       Perderam a beleza e o encanto de princesa de conto de fadas

             Eleonora está só...

       O corpo lânguido não há de poder dançar a valsa, o samba nem mesmo o bolero que fala de amores perdidos.
       Mas as lembranças enroscam-se em seu eu abatido como se pedisse mais chance para a vida.

           Eleonora está só...
      
       Aprrendeu da vida o tempo que lhe resta, sem cobrar-lhe justificativas de seu desencanto, de sua solidão.

Vilma Tavares
Enviado por Vilma Tavares em 27/03/2012
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