O SONO DA ETERNIDADE

Anos e anos se passaram,

Mas ainda hoje me dói na alma,

Saber que te perdi,

Por culpa exclusiva da vaidade,

Por falta de humildade,

O orgulho não deixa que eu peça perdão,

E o tempo vai machucando o meu coração,

Que coitado, pago um preço muito alto pelo egoísmo,

E sofre calado sem dizer um ai,

Sem saber até aonde vai,

Resmungando mágoas de um passado,

Que morreu não existe mais.

Alimentando dissabores e amarguras,

Que não têm nenhum significado.

Descascando e cutucando feridas,

Que há tempos estão saradas.

Como diz o dito popular: desenterrando defuntos,

Que há muito já dormem o sono da eternidade.

Por esta razão, devendo cair na vala do esquecimento,

Para evitar dores e sofrimentos.