Camélia





Parece querer dizer que ama...
Mas é efêmera a parte, que correndo do lugar
Como se inesgotável fosse, o lugar mais secreto em seu coração.
Copiosa beleza de uma flor de camélia, que mágoa será que carrega a desfazer esse miolo em seu botão...?

É assim que também tento reter a saudade dentro de mim...
Para não desgarrar e não machucar.
Para não deixar exposto um sentimento assim tão gostoso,
Tão em vão, como querer reter a água entre as mãos...

Então agarro-me às poesias!
Que na verdade, também são águas que se derrama
Entre palavras e as flores.
Assim, a beleza do amor infiltra-se entre realidades das fantasias Na procuram de um coração.


Foi assim que meu verso se abriu:
Como a flor que morre antes de seu meio se abrir.
Você dizendo que segurava água entre seus dedos...
Eu insistindo em esconder a emoção.


Fiquei pensando...
Separando cada intenção.
As lágrimas caindo da sua face e se alojando em suas mãos!
Flores belas, que se tem na vida e versos que se carrega como se houvesse espinhos.

Foi assim que o verso se abriu:
Espinhos que poderiam nos machucar os dedos
Tirando da beleza seu caráter efêmero!
E as lágrimas que vão marcando a vida
Que escrevemos como se fosse um só encanto.



De Magela e Carmem Teresa Elias


DE MAGELA POESIAS AO ACASO e Carmem Teresa Elias
Enviado por DE MAGELA POESIAS AO ACASO em 21/03/2012
Código do texto: T3567599
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